Para os budistas, Dharma é o que guia a mente. O Dharma Marketing pretende estabelecer condições, para que as necessárias transformações ao nível espiritual possam ser empreendidas com vista a uma aproximação sustentável de todos os públicos relacionais. A melhor maneira de o conseguir, será assegurar que as organizações compreendam que esta mudança passa, obrigatoriamente, pela abertura ao exemplo da gestão empreendida no Oriente, ou seja, analisando o sucesso das empresas asiáticas, onde a extensão ascética do empreendedorismo é afirmada, desde há séculos, com um forte recurso a valores espirituais.
O real poderá ser entendido como o que é percebido individualmente. Para os marketeers esta é uma máxima importantíssima, uma vez que o marketing não é uma batalha de produtos e serviços mas, tão somente, de percepções. Assim, o melhor marketing é o que chega mais intimamente à mente do consumidor.
No Dharma Marketing agimos ao nível do conflito psicológico anterior à vontade humana, dado que, cada vez mais, procuramos satisfazer preferencialmente as necessidades de ordem anímica (inconscientes), concentrando-nos no que é anterior à intencionalidade no Homem, ou seja, no que é antecedente às necessidades e à motivação. A pertinência de tão desejada intervenção dá-se por força de trabalharmos ao nível da mais profunda dimensão do psiquismo humano, convertendo-se o Dharma Marketing numa ferramenta fundamental para a correta caracterização relacional e para a proximidade entre players. Lembramos que o fator atitude, ponto crucial da competência organizacional, não depende exclusivamente de um conjunto de formalidades ou regras, existindo um grupo alargado de impulsos inconscientes que constantemente interferem nas decisões racionais. Como resposta às variações comportamentais resultantes do referido desajuste, torna-se necessário agir ao nível espiritual. A prática espiritual em ambiente organizacional visa, ainda, o aperfeiçoamento do princípio transcendente, acreditando-se que este constitui, para as empresas, um diferencial não espontâneo, a ser conquistado e desenvolvido pelo aperfeiçoamento da dimensão holística.
As questões sociais e humanas têm merecido a atenção por parte de algumas das organizações mais responsáveis. Contudo, a dimensão espiritual do Homem, vista como a senda da prosperidade ética, vem sendo esquecida, porque é erradamente associada à perspectiva religiosa. Deste modo, provoca o distanciamento progressivo da questão do auto-conhecimento no ambiente empresarial.
Para Jair Moggi, as organizações são grandes palcos kármicos, onde as pessoas se encontram para aprender umas com as outras, buscando, quanto a nós, o patrocínio das condições necessárias para avivar as capacidades perceptivas naturais da mente. Só deste modo poderemos ter públicos relacionais mais centrados, relativamente à forma como sentem, pensam, agem e, obviamente, quanto às consequências de tudo isso. Para que tal aconteça, os homens e mulheres que dirigem as empresas devem ter a capacidade de realizar transformações em si próprios, projetando-as em todos os seus públicos. Esta preocupação, por sua vez, deverá ser incorporada na missão institucional de organizações públicas e privadas. Passar esta mensagem para o meio empresarial, será o maior desafio às consciências daqueles que trabalham na área do marketing de forma consciente, aportando confiança, contribuindo para que a lógica de mercado, a prosperidade humana, social e espiritual sejam dimensões ativas, complementares e interdependentes, visando o desenvolvimento das empresas como movimento integrado e reciprocamente empenhado.
Thomas Moore alerta para a necessidade de assumir outros vínculos, com o desígnio de permitir a expressão da intencionalidade e propósitos da existência humana. Para isso, talvez seja necessário abrir mão de antigos valores e expectativas. Para aqueles que colocam a racionalidade à frente de qualquer fundamento organizacional, deixamos uma especial chamada de atenção. Elster refere-se, a este propósito, ao lugar que é reservado à razão na sociedade ocidental, onde o Homem em vez de admitir os limites da razão se centra, tantas vezes exclusivamente, no exercício dessa mesma razão. Deste modo, confunde, erradamente, razão com a existência humana. Note-se que, no nosso entender, o que resiste no Homem é o espiritual, enquanto a verdade que a razão sustenta é frequentemente questionada no tempo.
Partindo do princípio que em todas as relações o Homem procura uma dimensão exclusiva, cabe ao Dharma Marketing aumentar a transparência, remover obstáculos, facilitando a passagem aos que procuram o nexo que assiste à experiência empresarial. Desta forma, a via espiritual funcionará em sinal diverso à americanização das organizações, assente na motivação individual e na auto-estima.
A exagerada ênfase que a psicologia moderna dá à motivação com base em indicadores de auto-estima teve o seu ponto mais alto nos EUA durante os anos oitenta, com a Geração do Eu e os yuppies. Muito embora este seja um estado interior desejável, como a própria satisfação, corremos o risco de, ao ter um ego centrado em si mesmo, este esforço nem sempre resultar em valor para as empresas. A efabulação do Eu passou mesmo as fronteiras do interno das organizações, transmitindo ao mercado conceitos do tipo “the one and the only” ou “porque só você merece”, … Este elogio é a expressão extrema de uma psicologia individualista, onde a vaidade daquele que tudo julga merecer, ensombra a ascensão humana nas suas práticas mais sensíveis e conscientes. Esperamos que das mudanças aqui propostas resulte a melhoria efetiva da sustentabilidade das condições de reciprocidade e aceitação de todos os públicos. Ao invés da motivação individual, deveremos ir pela necessidade de pertencermos a um grupo de agentes motivados, em torno de uma missão institucional transparente e unificadora.
É evidente que as empresas deverão estar focadas em resultados estratégicos, dependendo de hábeis negociadores, criativos, empreendedores, que saibam trabalhar sob pressão... Mas será que isso é possível na ausência da consciência de si mesmo?
A procura da transcendência, só poderá existir como resultado de um permanente e efetiva dinâmica integrada e reciprocamente complementar, da evolução econômica, humana, social, se acompanhada de mudanças ao nível espiritual. Assim, o reforço da competitividade aparece-nos como a inteligência que advém da busca da iluminação interior.
Para o Dharma Marketing, o compromisso entre as empresas e todos aqueles com quem estas se relacionam, passa pelo efeito de proximidade real. Procura-se, em especial através dos recursos humanos mais espiritualizados, um impacto significativo nos negócios, ou, pelo menos, dar às suas competências relacionais conotações mais amplas, no que respeita à empatia para consigo próprios e os outros. Esta mudança é um elemento de distinção na construção de uma nova forma de pensar as organizações para o terceiro milênio.
Texto escrito por Paulo Vieira de Castro
Texto retirado do site www.mundodomarketing.com.br
link com texto completo
Marketing de proximidade real: Dharma Marketing
COMO USAR O GOOGLE READER
Você gosta de ficar atualizado com seus sites preferidos, suas notícias e informações importantes não é mesmo ???
Ocasionalmente, você ainda não usa um Feed-Reader e nem sabe o trabalho que ele pode fazer por você. Por ser um número grande de pessoas que ainda não conhecem este tipo de serviço, vou explicar um pouco sobre como utiliza-lo aqui no blog. Vamos usar o modelo do Google Reader como exemplo, um ótimo reader, fácil de usar e muito útil.
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A grande dica é usar o Reader no formatdo de site em Inglês da Google.
Quando você utiliza a pagina em português, você não pode ver seus amigos e suas respectivas noticias que foram compartilhadas.
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Comportamento Motivacional
Maslow e McGregor citam o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.
Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:
a)Comportamento ilógico ou sem normalidade; b)Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida; c)Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/digestivos; d)Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; e)Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.
Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhuma pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas como elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não sente, única e exclusivamente necessidade financeira.
Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influencia, numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de auto realização)
Necessidades de auto realização Necessidade de status e estima Necessidades sociais (afeto) Necessidades de segurança Necessidades fisiológicas
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima envolve a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia. A necessidade de auto realização é as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.
Sintetizando, essas necessidades englobam três tipos de motivos: 1) os físicos; 2) os de interação com os outros; 3) os relacionamentos com os outros. Os desejos mais altos da escala só serão realizados quando os que estão mais abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos.